quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Panquecas de mirtilos


Acho que a primeira vez que ouvi falar em tais panquecas foi num episódio do Prison Break e fiquei com a pulga atrás da orelha.
Este fim-de-semana ensaiei umas e fiquei rendida.
200 farinha
4 colheres de açúcar
2 dl de leite
2 ovos
1 colher de manteiga
1 colher de ricota
mirtilos
Os meus brunchs de fim-de-semana acabam de contratar um reforço.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Pastel de requeijão


Estes pastéis conquistaram-me pelo sabor e pela simplicidade.
O recheio é idêntico ao que a minha avó fazia numa tarte de requeijão e as folhas de brick revelaram-se uma companhia certeira.
400 grs de requeijão
250 de açúcar
4 ovos
folhas de massa brick
manteiga sem sal

Com a ajuda de uma tesoura, fazem-se pequenos discos da massa (com mais uns centímetros do que o diâmetro da forma que vamos usar) que pincelamos com manteiga. Sobrepõem-se nas formas dois a dois.
Batem-se os ovos com o açúcar e o requeijão. Verte-se este preparado nas forma e leva-se ao forno cobertas com papel vegetal.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Migas de bacalhau sem bacalhau



Ou migas da conspiração, se quiserem. O mundo conspirou para que eu não fizesse esta receita, escolhida para participar no Colher.
Há vários dias que andava para a fazer, inclusivamente para aproveitar a broa usada no último post de magrets.
Já nem vou alegar a falta de tempo e o rebuliço dos últimos dias … para não cair em repetição… Mas houve sempre um obstáculo à realização deste prato.
Hoje, último dia do desafio, deparei-me com o maior dos desafios quando, esbaforida, cheguei a casa à hora do almoço e vi que, afinal, aquele saquinho que tirara de manhã do congelador não era bacalhau! Eu que até tinha cozido feijão –frade às 11 da noite ontem para ter o ter prontinho a usar hoje!!
Enfim, tinha 37 minutos para confeccionar e comer o que quer que confeccionasse… portanto não perdi mais de 1 minuto na decisão: façam-se umas migas sem bacalhau.
4 fatias de broa branca
½ couve coração (devia ser couve portugesa ou nabiça)
4 raminhos de brócolos
muito azeite
3 dentes de alho
1 chávena de feijão-frade cozido

E assim foi, sem bacalhau nem substituto à altura, o almoço de migas com migas soube-nos às mil.

Fica prometido, mesmo prometido, que em breve se farão aqui umas verdadeiras migas de bacalhau. Palavra de semente.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mini clafoutis de amoras


O clafoutis é uma sobremesa de origem francesa e originariamente feita com cerejas.
Hoje, fazem-se clafoutis dos tudo, variando consoante a originalidade do cozinheiro.
Eu ando com vontade de me estrear nos clafoutis salgados…
Para já, fica a ideia de uma sobremesa rápida, versátil e muito agradável.

75 grs de farinha
100 grs de açúcar (usei parte para adoçar as amoras)
200 ml de leite
4 ovos
1 colher de manteiga
25 grs de amêndoa em pó

Batem-se os ovos, juntam-se o açúcar, a farinha e a amêndoa em pó. Por fim, adicionam-se o leite e a manteiga.
Untam-se os ramequins que são depois polvilhados com açúcar. Depositam-se as amoras e cobrem-se com a massa.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Camarão Tigre grelhado com açorda de gambas



Tudo bem, tigrinho… a foto desmascara qualquer pretensão viril dos bichos. Eram pequeninos, sim… Mas, havia outros bem maiores, só não eram fotogénicos…

4 camarões tigre
8 gambas grandes
8 gambas
sumo de limão
sal
piripiri
tabasco
alho
azeite
1 pão alentejano (ou de mistura)
1 ovo
coentros frescos

Cortei os camarões (tigre) longitudinalmente. Temperei-os com limão, sal, piripiri e tabasco.
À parte, cozi levemente umas 8 gambas. Descasquei-as e reservei a água da cozedura.
Num tacho, alouram-se os pedacinhos de alho em bastante azeite. Junta-se o miolo do pão em farrapos, ao que vamos, depois, acrescentando a água em que cozeram as gambas. Também elas se juntam à festa que fica completa com uma boa mão cheia de coentros perfumados e com o ovo, cru, que se mistura apenas na hora de servir, já à mesa. Eu sirvo-a dentro do pão.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Bolinhos de avelã e canela

A empreitada tinha hora marcada.
À minha frente, 300 páginas de texto corrido para ler pela 3ª vez e detectar gralhas remanescentes.
Sim, é merecido: saia um chá branco e um bolinho acabado de fazer…

Não há tempo a perder. Este é um bolo-expresso, sem claras em castelo, nem outros preparos.
2 ovos
200 dl de leite
1 colher de manteiga
100 grs de farinha
1 colher de amêndoa em pó
125 grs de açúcar
avelãs tostadas
2 colheres de canela (para polvilhar o ramequim)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Magret de pato crocante com couscous


Já andava com esta ideia na cabeça há uns tempos mas ainda não tinha tido oportunidade de a pôr em prática.
Valeu a pena esperar…

1 magret de pato
2 fatias de bacon
3 fatias de broa branca
3 colheres de sopa de amêndoa granulada
4 folhas de espinafres
1 folha de louro
1 dente de alho
azeite q.b.
vinho branco q.b.
sal q.b.
pimenta q.b.
sumo de limão q.b.

Começamos por cortar o magret em pequenas tiras. Devemos aproveitar para o fazer enquanto ainda está a descongelar - aproveitando a solidez da carne -e tentando não chegar à parte da gordura. Desta forma conseguiremos levar ao forno uma única peça ainda que fatiada. De seguida, temperamos a carne com alho, sumo de limão, uma folha de louro, pimenta e sal. Dispomos num prato de forno e regamos com um bocadinho de vinho branco e água.
Com a broa, o bacon (aos pedacinhos), os espinafres (cortado em juliana muito fininha) e a amêndoa granulada (levemente tostada no forno) faz-se uma “farofa” com que recheamos o espaço entre as fatias do magret. Vai ao forno por uns 20 minutos.
A companhia do couscous (simples) é perfeita.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Tagliatelle cremoso de vieiras




Disse-se lá por casa que esta foi uma das melhores pastas que alguma vez se experimentou entre portas.
A cozinheira não provou, portanto, não pode opinar. Pode, sim, garantir que é um prato de confecção muito simples e rápida.
Só cede a uma exigência: a de ser feita com vieiras frescas.

8 vieiras frescas depuradas (miolo)
4 gambas
6 tiras de delícias do mar
tagliatelle fresco
1 dente de alho
azeite q.b.
3 gotas de tabasco
2 gotas de molho inglês
2 gotas de vinho branco
Sumo de limão
sal q.b.
125 ml de natas ligeiras

Descascam-se as gambas ainda no decurso da descongelação. Juntam-se às vieiras numa marinada de azeite, limão, sal, tabasco, molho inglês e um cheirinho - muito leve - de vinho branco. Salteiam-se os bichos (e os sucedâneos – as delícias entram no fim na medida em que não precisam de ser cozinhadas) em azeite e alho até ficarem rosadinhos. Adiciona-se o líquido da marinada e deixa-se reduzir. Juntam-se as natas. Enquanto as natas fervem, coze-se a massa até ficar al dente (sendo massa fresca, quaisquer 2/3 minutos chegam).

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pragma

Esta cozinha tem tido muito pouco movimento. Em compensação, tem bebido muita e variada inspiração.
Conheci finalmente a cozinha de Fausto Airoldi e fiquei muito bem impressionada.
Apesar da (para mim excessiva) formalidade do ambiente e de uma ou outra desatenção do serviço (não admissível a este nível), vale a pena conhecer o Pragma.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Pimentos Padrão


"Uns picam e outros não", dizem os espanhóis.
Óptimo aperitivo, rapidíssimo e sem necessidade de ingredientes para além dos ditos.
pimentos padrão (de origem espanhola são menos picantes que os de origem africana)
azeite
sal grosso

Requisito obrigatório: cervejinha geladinha

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Petit gateaux com ganache de chocolate preto


A primeira vez que provei um petit gateau foi num restaurante argentino em Lisboa e foi amor à primeira vista. Desde então várias versões foram ensaiadas na minha cozinha.
Esta é muuuiito boa!

150 grs de chocolate negro
150 grs de açúcar
130 grs de manteiga sem sal
3 ovos
2 gemas
40 grs de farinha

Para o ganache:
150 grs de chocolate 70%
75 grs de natas
1 cherinho de vinho do porto
Pimenta preta

O ganache pode e deve fazer-se na véspera uma vez que tem de solidificar no congelador. Resulta simplesmente da mistura dos ingredientes listados, derretidos e bem homogeneizados.

Quanto à massa do petit, segue mais ao menos o procedimento habitual dos bolos de chocolate: o chocolate derrete em banho-maria juntamente com a manteiga; enquanto isso, batem-se as gemas com o açúcar até se obter uma massa esbranquiçada. Juntam-se as duas massas, ao que acresce a farinha e, por fim, as claras batidas em castelo.
Enchem-se se as formas e introduz-se um cubinho de ganache em cada delas.
Devem ficar no frigorífico por umas horas e, depois, assados por uns 15/16 mns a 150º, em forno pré-aquecido.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Capuccino de ervilhas com espuma de coentros



Se o Outono insiste mesmo em bater-nos à porta … pensemos em coisinhas quentes.

ervilhas congeladas
3 rodelas de alho francês
½ cebola
Sal q.b.
lecitina de soja
2 colheres de leite gordo
leite q.b.
azeite q.b.
coentros q.b.

Ao contrário da maioria dos cremes de ervilhas, que são feitos à base de natas ou de caldos industriais, este foi feito da forma mais inócua possível e o resultado foi mais que satisfatório.
As ervilhas cozeram com o alho francês e com a cebola durante um bom bocado de forma a amaciar a “casca” da ervilha. Caso se usem ervilhas frescas devem pelar-se uma a uma depois de cozidas.
Faz-se um puré com os vegetais, rectificam-se os temperos e rega-se com um fio de bom azeite. Vai de novo ao lume a apurar a nova companhia.
Entretanto, com a ajuda de uma varinha mágica aromatizam-se um ou dois dedos de azeite com uns coentros frescos. Socorrendo-nos da mesma ajuda, preparamos a espuma, juntando a lecitina ao leite, que recebe depois o azeite aromatizado.