quinta-feira, 28 de junho de 2007

Risotto de couve-flor com camarões crocantes



Sempre gostei muito de couve-flor. Quando vi que seria a rainha desta quinzena logo me ocorreram várias ideias de como a preparar, mas nenhuma passava pelo risotto. O tempo voou, entretanto. E as ideias não conseguiram passar disso mesmo.
Em compensação, a inspiração do momento (em que estava debruçada sobre o balcão dos mariscos do supermercado, num dia destes,) deu origem a um prato com entrada directa no top ten.

Este risotto superou largamente as expectativas e será, certamente, repetido muitas e muitas vezes. E os camarões? De estalo!
O risotto foi feito à semelhança de todos os outros que se fazem nesta cozinha: comecei por fazer um caldo de legumes (onde a couve-flor foi cozida por breves minutos).
À parte, alourei uma chalota e um dente de alho em manteiga, introduzi o arroz (arbório, claro) e deixei-o ganhar o gosto. Juntei um bocadinho de vinho branco, que rapidamente evaporou. Fui adicionando o caldo de legumes, a pouco e pouco, até o arroz ficar al dente. Nessa altura, juntei uma colher de sopa de manteiga, duas colheres bem cheias de parmesão, e, por fim, uma colherada generosa de marcarpone.
Quanto aos camarões, foram cozidos por um minuto, descascados depois de arrefecerem, envolvidos em massa kadaïf, pincelados com manteiga e levados ao forno a dourar. Ficaram muito bons e revelaram-se ser a melhor das companhias a dar a este risotto cremoso.

terça-feira, 26 de junho de 2007

O bolo de chocolate

Durante muitos anos experimentei receitas de bolo de chocolate a fio…
Mas, no dia em que provei a tarte húngara… foi paixão à primeira vista.

300 grs de chocolate
300 grs de açúcar
300 grs de margarina (uso 250 grs de manteiga)
6 ovos
2 colheres de farinha

Derrete-se o chocolate e a manteiga em banho-maria (ou no micro-ondas). Batem-se as gemas com o açúcar. Juntam-se os dois preparados e adicionam-se as claras, batidas em castelo.
Reserva-se metade desta massa para a cobertura e na restante incorporam-se duas colheres de farinha (ou apenas uma, se pretendermos que fique mais húmida). Levamos esta massa ao forno e, no final, quando arrefecer, cobrimos com a parte que reservámos.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Cataplana do mar

Com a chegada do verão, o peixe ganha a liderança na minha cozinha. Grelhado, assado, cozido, frito, confitado, ao vapor, cru … de todas as formas e feitios.
Cozinhado na cataplana, o peixe mantém um suculência apreciável.
Para além do mais, como os ingredientes entram todos em cru, todos se respeitam e não há lugar a grandes interferências de sabor.

Nesta cataplana entraram 3 dos meus peixes de que mais gosto em cataplana: tamboril, cherne e salmão.
Houve ainda espaço para umas gambas (com casca e sem casca), umas amêijoas e uns aros de lula, sem esquecer, o tomate (maduro), a cebola, o alho, o pimento, o azeite, o sal, o piri-piri e, claro, uma boa mão cheia de coentros.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Folhadinhos de camembert e framboesa


Esta é uma das minhas entradas preferidas para os dias em que o tempo é escasso: estende-se a massa folhada e corta-se em pequenos círculos iguais (ou noutra forma, consoante a inspiração artística do dia). Em metade dos círculos, depositamos um tico de queijo e um tico de doce de framboesa). Sobrepomos outro círculo e fechamos. Pincela-se com ovo batido e polvilha-se com sementes de sésamo.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Centros de salmão com polenta e seu crocante


Seu, do salmão, claro! Que a polenta não se presta muito a manobras de ordem estética, pelo menos esta, que, admito, não ter ficado com a consistência esperada.
Comecei por cortar o salmão dando-lhe uma forma circular. Temperei-o com sal e limão e deixei-o descansar por uns minutos.
O que sobrou do lombo do salmão foi ao congelador para que o conseguisse depois fatiar mais facilmente. Dispus as fatias sobre uma pedra de trabalho, cobri-as com papel aderente e com a ajuda de uma faca larga, espalmei ainda mais o salmão. Foi ao forno com azeite e flor de sal durante 1h20, a 120º.
Preparei então a polenta, cozendo-a primeiro, deixando-a arrefecer e dando-lhe depois uma encaladela em azeite. A fase do arrefecimento foi encurtada (as reclamações dos estômagos desassossegados eram a esta hora já audíveis) o que ditou a consistência final da polenta que ficou menos firme do que seria desejável. Entre uma fase e outra, já o salmão tinha entrado no forno, juntando-se às lâminas (que tinham já ganho outra cor e consistência) e tendo sido cozinhado no azeite e no suco entretanto por elas libertado.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Biscoitos de manteiga com sementes de papoila


As saudades que eu já tinha da minha alegre cozinha tão modesta quanto eu…

Depois de duas semanas afastada das lides culinárias, o regresso foi um tanto ao quanto duro: preparar uma festa para mais de 100 pessoas exige bastante energia e alguma resistência física.
Dessa ocasião não se guardam grandes registos, apenas comida de massas, sem grande graça, preparada de forma quase mecânica.
(folhados de salsicha, tarte de espargos e bacon, tarte de ricota e espinafres)

Na “ressaca”, quando o corpo reclamava falta de bateria, ainda houve fôlego para fazer uns biscoitos que acompanhassem o chá das 5.
Sim, porque o chá que a Pépé nos trouxe de Londres não podia ser tomado sozinho.

400 grs de farinha
125 grs de açúcar
125 grs de manteiga
2 ovos
Sementes de papoila q.b.

Numa taça juntei os ovos, a manteiga derretida e o açúcar. Fui adicionando a farinha e trabalhando a massa com as mãos.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Gelado de framboesas

Chegam os dias de calor abrasador e, com eles, a vontade de comer e beber tudo o que seja refrescante.
É o caso deste gelado, feito em 5 minutos (demorando bem mais a congelar, é certo).

150 grs de framboesas
1 colher de sopa de açúcar
2 dl de natas frescas
175 grs de leite condensado
sumo de limão
2 folhas de gelatina

Reduzi as framboesas a puré, ao que juntei uma colher de açúcar e umas gotas de sumo de limão. Tive o cuidado de insistir com a varinha para que as grainhas das framboesas (de textura proeminente) fossem trituradas. À parte bati as natas, juntei o leite condensado e as folhas de gelatina, demolhadas comme il faut. Misturei os dois preparados e levei ao congelador em formas individuais.